Christopher Robin: Um reencontro inesquecível

Data de lançamento: 16/08/2018

Direção: Marc Forster

Elenco: Ewan McGregor, Hayley Atwell, Mark Gatiss e outros

Gêneros: Aventura, Família

Nacionalidade: EUA


 

Nos anos recentes, os Estúdios Disney têm trazido suas personagens clássicas de animação para novas produções, em live-action. Algumas voltam em uma reedição muito semelhante às obras originais, como foi o caso de A Bela e a Fera e Cinderela. Já outras surgem como um novo olhar para as velhas histórias, como o caso de A Bela Adormecida que transformou-se no filme Malévola e de Alice no País das Maravilhas, que ganhou um novo olhar pelas mãos do cineasta Tim Burton. Agora foi a vez de Christopher Robin: Um reencontro inesquecível, filme que marca o retorno de Ursinho Pooh e seus amigos do Bosque dos Cem Acres para a grande tela.

O grande desafio de se contar uma história do Ursinho Pooh e seus amigos em live-action é lidar com a representação visual dessas personagens que são, ao mesmo tempo, bichos de pelúcia e animais que andam com as próprias pernas. Quanto a isso, o resultado não poderia ser melhor. O trabalho de computação gráfica empregado para dar vida aos habitantes do Bosque dos Cem Acres é muito bem feito, e o roteiro trabalha muito bem a natureza dual dessas personagens específicas.

Ao escolher contar a história de um Christopher Robin adulto retornando ao Bosque, o filme apontava um caminho um tanto óbvio e bastante fácil: apresentar uma história de um homem adulto reconectando-se com a sua infância. Em termos de narrativa, não há muitas surpresas quanto a isso. O que se pode congratular é a destreza com a qual o roteiro se apropria de uma mitologia de Ursinho Pooh para representar narratologicamente a mensagem que se pretende passar

Há, certamente, decisões de roteiro despropositadas, como a apresentação do “novo” Christopher Robin, um rapaz que passou por internato, perda de um pai e foi enviado para a guerra. O início do filme, embora empregue elementos das histórias de Pooh das animações, se demonstra excessivamente sombrio e sem qualquer propósito. Se a ideia é provar que Christopher Robin cresceu porque ele foi à guerra, pode-se ter certeza de que poderia-se chegar à mesma construção de personagem sem um panorama tão pesado. Afinal, trata-se de um filme para crianças e não só uma introdução pesada pode chocar, como pode se tornar absolutamente chata.

Christopher Robin: Um reencontro inesquecível consegue cumprir o básico, o “feijão com arroz”. No entanto, é um filme que tem o coração no lugar certo e que consegue, apesar da simplicidade da história, ser emocionante e divertido para crianças e para adultos. Apela a nostalgia daqueles que cresceram vendo as histórias do Ursinho Pooh, mas, principalmente, preserva a atmosfera das fábulas do Bosque dos Cem Acres, mostrando que é uma história que ainda merece ser contada.

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