Data de lançamento: 29/ 03/ 2018
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tye Sheridan, Olivia Cooke, Ben Mendelsohn e outros
Gêneros: Ficção científica, Ação
Nacionalidade: EUA
Ninguém nega que Steven Spielberg seja um dos maiores nomes do cinema contemporâneo, diretor de muitos dos filmes mais aclamados até hoje. Além de dirigir longas de algumas grandes franquias como Indiana Jones e Jurassic Park, Spielberg é um cineasta aclamado por suas histórias cheias de aventura que agradam espectadores das mais variadas idades ao redor do mundo. Sendo uma das grandes mentes criadoras da cultura pop, não haveria outro nome para dirigir Jogador Nº 1, senão este.
Baseado no romance de Ernest Cline, o filme conta a história de um garoto chamado Wade Watts (Tye Sheridan) que participa de uma competição em uma realidade virtual chamada Oasis para receber o legado do criador deste universo. No decorrer da trama, várias referências à cultura pop povoam este universo virtual, tornando a experiência do filme um grande jogo de Onde está Wally? com os espectadores procurando por todo o tipo de referências que puderem encontrar.
No que tange à essa busca por easter eggs, a produção enfrenta alguns problemas, a maior parte deles por conta de licenciamento. Como o longametragem foi produzido pela Warner, a Disney, detentora de grandes marcas como Star Wars e Marvel, além de suas produções originais, é deixada de fora nessa população de referências do Oasis. Apesar de se mencionar algumas vezes a franquia de George Lucas, não fica tão em evidência nenhuma nave ou personagem de Star Wars, apenas as marcas que já são de posse da Warner (como a DC Comics, por exemplo) e algumas marcas da Universal (como De volta para o futuro).
Mais do que uma grande homenagem à cultura pop, Jogador Nº 1 consegue trazer o que sempre houve de melhor no cinema de Spielberg, que consegue ser divertido e aventuresco, sem, para isso, abandonar a qualidade técnica. No que diz respeito à computação gráfica, a construção do Oasis é incrível e emula gráficos de videogame com uma qualidade superior à de muitos filmes.
O roteiro de Zak Penn e Ernest Cline é muito bom, com bons momentos construídos e bem simples. Por mais que, às vezes, se contenha à escalas menores, a história é bem consistente e com bons personagens. Com um ar que mistura os filmes de sessão da tarde dos anos 80⁄ 90 com as novas tecnologias e possibilidades do cinema, Jogador Nº1 conquista rapidamente o seu lugar no imaginário da cultura pop que tanto celebra. Com essa nova produção, Spielberg retorna ao cinema que o levou ao estrelato depois de dirigir alguns filmes mais “sérios” como Ponte dos espiões e The Post (que foi dirigido por ele num intervalo da produção de Jogador Nº1, mas foi lançado antes).
Cinema Mudo 