Jurassic World: Reino Ameaçado

Data de lançamento: 21/ 06/ 2018

Direção: Juan Antonio Bayona

Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall e outros

Gêneros: Aventura, Ficção científica

Nacionalidade: EUA


 

O primeiro filme da nova franquia, Jurassic World (2015), ainda que trouxesse novas personagens, novos dinossauros e uma nova roupagem, era uma história que claramente emulava situações da primeira produção de Steven Spielberg. Na história de Jurassic World: Reino Ameaçado, encontramos novas discussões e novas situações, junto também com alguns momentos que homenageiam o filme de 1993. Na nova produção, a discussão gira em torno do direito de sobrevivência dos dinossauros, uma vez que estão à beira de uma nova extinção se o vulcão inativo da Isla Nublar entrar em erupção.

A história dessa continuação é um pouco fragmentada. Podemos dividir o filme, claramente, entre uma parte que se passa na Isla Nublar e outra que se passa na Mansão Lockwood. Essa divisão não acontece de forma completamente natural, há um recorte bruto, mas aceitável, uma vez que dessas duas situações, desenrolam-se boas situações.

A grande contribuição do diretor Juan Antonio Bayona é para a atmosfera do filme. Ele sabe filmar muito bem cenas de suspense e constrói umas duas ou três sequências angustiantes que conectam o espectador com a sensação das personagens em momentos intensos da narrativa. Bayona é muito bom também em personificar os dinossauros. Pela primeira vez na franquia, o público consegue comunicar-se com esses animais e preocupar-se com eles. Os dinossauros deixam o status de “monstros” e tornam-se protagonistas da história, invertendo o papel de vilões para os seres humanos.

Com as personagens humanas, o filme não vai tão bem. Bryce Dallas Howard reprisa o seu papel como Claire Dearing, e novamente não consegue encontrar o tom da personagem. A função de Chris Pratt na história é óbvia: trazer o seu bom timing cômico e tornar as situações mais leves. Infelizmente, isso exige que Dallas Howard saiba contracenar com Pratt, reagindo ao seu jeito bem humorado. É aí que ela não consegue entregar. Bryce Dallas Howard se sai muito bem em cenas intensas quando tem que gritar e agir com desespero, mas quando se vê diante de cenas mais tranquilas e cômicas, a atriz encontra-se bastante limitada.

Num contexto geral, Jurassic World: Reino Ameaçado é um filme de transição, um poço de ideias sobre dinossauros nos dias de hoje e engenharia genética que preparam o terreno para eventuais continuações. J. A. Bayona trás novidades interessantes para a franquia e consegue dar uma nova forma aos dinossauros, muito bem desenvolvidos na nova produção. Para as próximas histórias, é preciso ser mais criativo quanto às personagens humanas, saber pensá-las para além dos clichês estabelecidos por Spielberg em todo o seu cinema de aventura.

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