Rampage ‒ Destruição total

Data de lançamento: 12/ 04/ 2018

Direção: Brad Peyton

Elenco: Dwayne Johnson, Naomie Harris, Malin Åkerman e outros

Gêneros: Aventura, Ação

Nacionalidade: EUA


Dwayne Johnson, ou The Rock, é um daqueles atores capazes de carregar um filme sozinho. Em alguns casos, é realmente isso o que acontece, como na adaptação cinematográfica do jogo Rampage. Aproveitado desde o marketing da produção, esta história, com forte inspiração na cultura japonesa, coloca o estrelar The Rock no centro de uma batalha entre três monstros gigantes que ameaçam destruir uma cidade.

É preciso admitir, em primeiro lugar, que a computação gráfica assume neste filme, um papel central. Já nas primeiras sequências, com efeitos bem produzidos de gravidade zero, o longametragem passa o seu cartão de visitas, indicando que não deixaria de lado o visual da produção. Quando conhecemos George, o gorila albino de The Rock, o realismo da imagem é tão surpreendente que o espectador logo se cativa pela figura do símio.

Os efeitos especiais são muito satisfatórios por um bom tempo, mas é no final que a pós produção falha. Em meio à cinzas e ruínas de uma cidade destruída, a forma recortada de Dwayne Johnson indica um efeito de chromakey bem meia-boca. Poderia passar despercebido se fosse uma sequência no início ou meio do filme, mas quando se trata de um clímax dramático e do ponto alto da ação fílmica, a sensação de “trabalho mal feito” é bem grande.

Quando dizemos que The Rock leva este filme nas costas, não é apenas pelo seu carisma ou por ser o ator mais reconhecido do elenco, mas porque, narrativamente, a história foi construída para ser desta forma. No primeiro ato do filme, o público é apresentado para um conjunto de personagens, como se eles fossem desempenhar algum papel relevante na trama, mas, tão logo aprendemos seus nomes, eles são descartados, com a personagem de Dwayne Johnson encaminhando-se para outro espaço.

No segundo ato, novamente temos personagens descartáveis sendo apresentados. O grupo de mercenários de Joe Manganiello, apesar de serem trabalhados visualmente para serem grandes vilões, são descartados ao final da sequência de sua apresentação. Depois de ser apresentado a várias personagens que não resistem ao longo da história, o espectador passa a crer que somente The Rock (e as criaturas gigantes) são personagens com a qual devemos nos importar, e é exatamente quando conhecemos as demais figuras que seguirão presentes até o final da trama.

Rampage ‒ Destruição total não é um filme completamente esquecível, mas está longe de causar uma impressão duradoura. Com o tempo, é capaz de desaparecer no imaginário, ficando somente a figura de The Rock e um gorila albino lutando contra um lobo e um jacaré gigantes. Como uma produção fílmica é bem razoável, mas como campanha de marketing para Johnson, talvez seja algo entre bom e ótimo, afinal, em que outro filme temos um ator tão destacado pela narrativa e pelos (d)efeitos visuais?

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