Vingadores: Guerra Infinita

Data de lançamento: 26/ 04/ 2018

Direção: Joe Russo, Anthony Russo

Elenco: Josh Brolin, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, e outros

Gêneros: Aventura, Ação

Nacionalidade: EUA


Quando, em 2008, Homem de Ferro veio aos cinemas, ninguém imaginava que nascia ali uma das maiores franquias cinematográficas da cultura pop. De mancinho, o Universo Cinematográfico da Marvel foi se instituindo, filme a filme, e agora acaba de lançar a sua décima nona produção, a grande culminação de dez anos de história. Durante esse longo percurso, nem todos os filmes foram unanimidade e muitos erros foram cometidos. Acusados de criar uma “fórmula Marvel” que vinha desgastando suas histórias (como foi o caso de algumas, como Doutor Estranho), em Vingadores: Guerra Infinita, pode-se dizer que há uma “Nova Marvel”.

De fato, a nova produção exige algum esforço mental do público que não seja fiel ao universo. Afinal, trata-se de uma história precedida por dezoito outras histórias, e conta com a maior quantidade de “protagonistas” já vista no cinema. Não haveria espaço para explicações. O filme pressupõe desde a sua sequência de abertura que seu público está ciente de todos os acontecimentos prévios e de que conhece as personagens. Isso certamente facilita a apresentação de muitos heróis. De toda forma, algumas figuras que ficaram afastadas dos grandes acontecimentos como Capitão América: Guerra Civil, funcionam como uma enciclopédia de perguntas para que um ou outro espectador menos informado não fique completamente excluído.

Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Mark Ruffalo, Chris Pratt, Zoe Saldana, Chadwick Boseman, Scarlett Johansson… A lista de grandes nomes no elenco de “Guerra Infinita” é sem igual. Cada um deles teve seu momento de super-estrela em seus filmes solo, e agora se unem em uma história na qual nenhum deles é o grande protagonista. Uma tarefa mais que difícil para os diretores Joe e Anthony Russo. A solução encontrada por eles é muito simples: se seria difícil escolher um protagonista nesse grupo, o centro das atenções será Thanos, o vilão de Josh Brolin.

Com isso, temos um filme de super-heróis no qual o personagem mais bem trabalhado dramaticamente é o vilão. Isso por si só já vai contra a dita “fórmula Marvel” que prioriza os heróis e funcionaliza seus vilões. Vingadores: Guerra Infinita é um exercício de planejamento, muito bem executado. Os vários personagens que lutam contra essa entidade cósmica são colocados em quests em grupo, priorizando os conflitos intrapessoais aos conflitos internos.

Como previsto, Vingadores 3 era um filme “fácil”, que dificilmente desagradaria os seus fãs. As relações entre diferentes heróis sustenta a trama enquanto Josh Brolin dita a carga dramática dessa história. Sem a sua “fórmula Marvel”, o Marvel Studios prova que seus personagens tornaram-se parte da cultura Pop e conseguem sustentar uma história sem os artifícios “apelativos” da produção em massa. Um novo passo para os filmes de super-heróis, certamente. Resta saber como isso afetará as próximas produções.

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